quinta-feira, 8 de maio de 2014
sexta-feira, 28 de junho de 2013
9 de julho de 1932
O
NOVE DE JULHO DE 1932
Por
João Paulo Martino
Nove de julho é a data inicial da
parte militar da revolução paulista, quando as forças constitucionalistas,
comandadas por Euclides de Figueiredo se rebelaram contra a ditadura de Vargas.
O descontentamento dos paulistas com o
governo Vargas vinha se agravando dia a dia. A revolução tornava-se inevitável.
Os líderes da política paulista se reuniram então na casa do pedeísta Cesário
Coimbra, decidindo marcar o início da Revolução para o dia 20 de julho,
dependendo de um último aviso.
No entanto, um fato inesperado
antecipou a revolução para o dia 9 de julho, na manhã do dia 8 de julho o novo
ministro da guerra reformou o comandante militar de Mato Grosso Bertholdo Klinger.
Foi o estopim para o início da Revolução
Constitucionalista.
Neste mesmo dia, improvisou-se uma
reunião na capital paulista, decretando-se a antecipação da guerra para o dia
9.
A cidade transformou-se, passava da
vida pacata para a mobilização militar. Todos procuravam se informar
rapidamente dos últimos acontecimentos, quer através do rádio, quer através dos
jornais.
Rapidamente organizaram-se serviços de
apoio ao soldado, destacando-se as oficinas de costura (onde voluntárias
confeccionavam os uniformes militares), cozinheiras que preparavam lanches para
alimentar o soldado nas trincheiras, etc.
A indústria também se mobilizou e
auxiliada pela Escola de Engenharia, tentou suprir as deficiências bélicas de
São Paulo perante o resto da federação. Dentre as organizações que lutaram em
prol da causa paulista, não poderíamos deixar de citar a organização
paramilitar conhecida como MMDC.
Das campanhas de arrecadação de fundos
para a causa paulista, destacou-se a CAMPANHA
DO OURO PARA O BEM DE SÃO PAULO, que atingiria no final da guerra o número
de 80.000 doações no valor de 4.500$000.
A guerra duraria 3 meses, onde os
paulistas, vendo-se militarmente inferiorizados e politicamente isolados,
acabaram por pedir rendição nos primeiros dias de outubro de 1932.
Vargas nomearia então um novo
interventor e no ano de 1934 a Constituição seria elaborada.
São Paulo jamais esqueceu aqueles dias
tumultuados de 1932, a cada nove de julho, o tradicional desfile convoca os
velhos revolucionários para a parada solene. 81 anos lá se vão.
*Para conhecer um pouco mais sobre a
Revolução de 1932 adquira o e-book 1932: São Paulo em armas à venda na
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terça-feira, 21 de maio de 2013
Sucesso de vendas no Amazon Brasil
O livro "1932 - São Paulo em armas" está se tornando um sucesso de vendas no Amazon Brasil. O livro chegou à posição 57 dentre todos os livros vendidos no site do Amazon Brasil, num catálogo de mais de 40 mil títulos cadastrados. Na categoria de História, encontra-se em 4º lugar, na frente de livros consagrados como "1808" de Laurentino Gomes.
sexta-feira, 10 de maio de 2013
terça-feira, 30 de abril de 2013
23 de maio de 1932
Por João Paulo Martino
Os acontecimentos
do dia 23 de maio de 1932 deixaram marcas profundas na história de nosso
Estado. A despeito disso e de um modo geral, a população pouco sabe sobre
aqueles fatos ocorridos em São Paulo, movimento que ficou conhecido como
Revolução Constitucionalista.
Ao chegarem à
sede do partido, ouviram-se tiros, não se sabendo se partiram da população ou
por parte dos antigos legionários.
Rapidamente
improvisaram-se barricadas. Um bonde foi virado servindo de abrigo para alguns
revoltosos. Na Praça da República, os rebeldes para facilitar o ataque,
apagaram todas as luzes. Escadas foram colocadas no prédio sitiado na tentativa
de invasão. Em uma dessas escadas, subiu o acadêmico Mário Martins de Almeida,
conseguindo chegar a uma das janelas, sendo, no entanto, atingido em cheio por
uma bala. Finalmente a polícia apareceu, ocupando a Avenida São João e as ruas
transversais. As tropas do exército ocuparam a esplanada do municipal e parte
da Rua Barão de Itapetininga. Ao se saberem cercados por tropas regulares, os
antigos legionários renderam-se. Na saída do prédio, uma surpresa: os rebeldes
eram apenas seis. Saldo final daquela noite: a morte de quatro paulistas
Martins, Miraguaia, Dráusio e Camargo. Suas iniciais (MMDC) dariam nome a
organização paramilitar que muito contribuiu para a organização dos soldados paulistas.
quinta-feira, 18 de abril de 2013
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São Paulo em armas
sexta-feira, 12 de abril de 2013
sábado, 6 de abril de 2013
PAULISTAS SEPARATISTAS
Pouquíssimo e muito raro é o
material que evidencia a posição de paulistas que no correr da Revolução
Constitucionalista defenderam a ideia de que São Paulo se separasse do Brasil.
Muitas vezes tal tipo de
argumento se mostra bastante sutil, quase imperceptível, é antes de tudo o extremo de um ponto de vista que não vendo
mais nenhuma alternativa para defender os interesses de São Paulo com o Brasil,
passa a defende-los sem o Brasil.
Panfleto distribuído na época da revolução de 1932.
quinta-feira, 4 de abril de 2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
I - PANORAMA
DA SITUAÇÃO PRÉ 1930
Os anos que vão de
1889 (Proclamação da República) até 1930 (Revolução de outubro), a chamada
República Velha, foram marcados entre outras coisas, pela predominância na
política nacional dos interesses da oligarquia cafeeira.
Neste período, São
Paulo e Minas Gerais, os principais produtores de café no Brasil, alternavam-se
a cada quatriênio no governo da República, fato que ficou conhecido como
"Política do café com leite". Estados de menor expressão econômica
apoiavam, por meio de seus representantes no Congresso, os atos do Presidente
da República, que em troca comprometia-se a não interferir em questões
políticas locais. (Política dos Governadores)
Voto aberto, fraudes
eleitorais, adulterações de toda espécie e tipo concorriam para que a chapa
oficial fosse sempre vencedora nos pleitos. Com o apoio dos líderes políticos
de um número de Estados suficiente para assegurar a maioria eleitoral, o
candidato indicado, amparado pelo regime vigente, temia pouco a derrota.
Tendo apoio
assegurado no Congresso, o Presidente da República podia dedicar-se a aplicação
de seu plano de governo, que muitas vezes não estavam de acordo com os anseios
da nação e do povo como um todo. Segundo Barbosa Lima Sobrinho tal dissídio de
interesses entre o governo e o povo acentuariam-se entre os anos de 1922 e
1930.[1]
Arthur Bernardes
(22-26), que no processo de sucessão a Epitácio Pessoa teve seu nome vetado
pelo Rio Grande do Sul, encontrando forte resistência popular a sua
candidatura, acentuou em seu governo o descontentamento generalizado em relação
ao status quo.
O governo Bernardes
foi marcado por medidas de caráter anti-popular. Basta dizer que no seu
quatriênio ele governou o Brasil sob estado de sítio por três anos. Além disso,
promoveu a reforma constitucional, no sentido da restrição de garantias
jurídicas dos direitos individuais, bem como aconselhou a pena de morte, em
declaração solene, nas mensagens presidenciais.
Como sucessor de
Artur Bernardes, Washington Luís (1926-30) tinha como um dos principais planos
a reforma financeira. A ideia era manter o câmbio baixo. Estabilizar, e não
valorizar, devia ser o lema brasileiro.
No começo de
dezembro, 18 dias depois da posse do Sr. Washington Luís, o projeto de reforma
monetária dava entrada na Câmara dos Deputados, pela mão do Sr. Júlio Prestes,
líder da maioria. Duas semanas foram suficientes para que o projeto recebesse a
chancela do legislativo, convertendo-se na lei n.o 5.108, de 18 de dezembro de 1926.
A insistência em se
manter a moeda brasileira sob uma taxa fixa de câmbio acabaria por descontentar
parte dos cafeicultores, pois provocava no setor exportador uma receita
decrescente, à medida que caiam os preços do café no exterior.
Provocava-se, desta
forma, uma divisão no seio do setor agrário-exportador que não via com bons
olhos a candidatura de Júlio Prestes, que como candidato oficial daria
continuidade a política econômica do Sr. Washington Luís.
A divisão de
opiniões entre os cafeicultores, aliada ao descontentamento generalizado do
povo e de parte do exército com a política dos últimos presidentes, foram
fatores determinantes para os sucessos do movimento desencadeado em outubro de
1930.
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